12º Dia – 19/03/11 – Valle Eden-UR a Alegrete/RS-BR (623km)
Novamente outro ótimo dia, e levemente frio. Ao contrário da noite anterior, a última foi ótima, dormi muito bem.
Peguei a câmera e fui fotografar o local, algumas atrações que havia deixado de conferir.
Fui a antiga estação de trens abandonada, voltei a “Puente Colgante” (onde um pai e seu filhos brincavam), conheci um memorial aos motociclistas e voltei para a “capela” que estava hospedado.
Enquanto arrumava as malas, conheci outro motociclista o Sr. Alfredo (tem uma BMW GS650 antiga) e sua esposa. O casal de motociclistas que conheci na noite anterior era de Montevidéu-UR (ele Marcelo) e estavam dando uma volta pelo Uruguai.
Antes de sair, fizemos algumas fotos e trocamos cartões de visita. Fui a pousada para devolver as chaves e parti para Salto-UR, pela Ruta 26.
O tempo estava agradabilíssimo, as paisagens as mesmos do fim do dia anterior (exceto os morros na chegada ao Valle Eden).
O mais interessante eram os caminhoneiros que a todo o momento em cumprimentavam cordialmente. A estrada a partir do Departamento de Paysandú-UR, começou a ficar um pouco irregular até a Ruta 3, que era um tapete. Nesta estrada passei por duas termas, a de Guavirú e Daymán antes de chegar a Salto-UR.
Em Salto-UR foi o primeiro abastecimento do dia, e aproveitei para comer e beber algo. Fui até a orla da cidade, não pelo caminho mais interessante. Voltei ao centro e passei por duas praças (a Plaza de los Treinta y Tres e a Plaza Artigas).
Sai da cidade pela Ruta 31 e segui rumo a Artigas-UR. A estrada estava bastante irregular, com vários trechos com “materrales sueltos” (pedras soltas), até um ponto que não havia mais estrada, somente cascalho (pedras soltas). Perguntei ao trabalhador da rodovia quantos quilômetros naquela situação. Ele disse 3km fiquei um pouco apreensivo mas segui sem problemas.
Pouco a frente a estrada melhorou e cheguei a Ruta 4, dali mais 120km até a divisa com o Brasil.
Chegando a Artigas-UR , abasteci a moto e ainda me sobrava um pouco de pesos uruguaios (U$5721) e como era sábado não conseguiria trocá-los (erro de planejamento?!).
Enfim, segui para a ponte e a aduana com a ajuda de uma motoqueira.
Carimbei o passaporte, e escutei uma piadinha de um senhor que ao perguntar como era para sair do Uruguai, ele me disse que era só subir na moto e sair. Eu simplesmente sorrir.
Segui para Alegrete/RS-BR por duas rodovias impecáveis.
Na saída da cidade parei para beber algo e procurei um hotel e uma churrascaria.
O hotel achei com a ajuda de um “brigadiano” (policial), de um atendente de farmácia e de um motoqueiro que me acompanhou até encontrar.
À noite, tive que sair da cidade para jantar numa churrascaria às margens de uma rodovia. O atendente do hotel me explicou que não é de costume jantar numa churrascaria (eles jantam prato mais leves), achei estranho isso na terra do churrasco!
Voltei para o hotel e fui descansar, antes do último dia da viagem.